Mercado aquecido: veja tendências do setor de eletrodomésticos 2022
Previsões estimam que receita do setor continue crescendo até 2025. Vendas online têm destaque.
Mais de 98% das casas do Brasil têm uma geladeira e pelo menos 96% têm ao menos uma televisão. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão a dimensão da importância que os eletrodomésticos têm para os brasileiros, fato que faz desse mercado um dos líderes de vendas.
As vendas pela internet têm um papel muito importante e crescente nesse cenário. A rede favorece a pesquisa por produtos novos, comparação de preços entre lojas e a busca por promoções para adquirir aquele eletrodoméstico que é objeto de desejo.
Quem se acostuma com as facilidades trazidas por uma inovação doméstica geralmente busca por outras novidades do mercado. E é por isso que a lista de compras tende a crescer e mesmo quem já tem todos os eletrodomésticos básicos em casa é sempre um consumidor em potencial. Um relatório divulgado pela SEMRush em 2020, sobre como os brasileiros compram online, mostra que os eletrodomésticos representam a terceira categoria mais buscada nos principais sites que vendem esses produtos no país.
Mesmo em meio à crise causada pela pandemia, a venda desses equipamentos continua aquecida. No e-commerce, o setor foi o terceiro que mais cresceu entre 2019 e 2020, com alta de 41% nos marketplaces brasileiro, representando 13% do volume de pedidos, segundo a Ebit|Nielsen.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a produção do setor aumentou 15,6% entre os meses de janeiro de 2020 e de 2021. A previsão é que o setor continue crescendo pelo menos 2% até 2025. Essa categoria também se destaca por um alto ticket de compra: terminou 2020 com um ticket médio de R$ 1.600, uma alta de 26% em relação ao mesmo período de 2019, segundo o Relatório Neotrust.
No que vale a pena investir em 2021?
Para 2021, as previsões continuam sendo de crescimento no setor, mas, para não errar, os comerciantes precisam investir nos pontos certos. O primeiro deles é a digitalização, demanda que já vinha aumentando ao longo dos anos, mas que ganhou ainda mais espaço após as medidas de distanciamento social.
Especialistas acreditam que o fato de as pessoas estarem passando mais tempo em casa também tem a ver com o aumento do consumo de eletrodomésticos que facilitam o dia a dia do lar. Fritadeiras elétricas, liquidificadores, aspiradores de pó, ventiladores e cafeteiras estão entre os produtos mais buscados.
Cada vez mais pessoas fazem suas pesquisas na internet, o que significa que as marcas e lojas que ainda não estão presentes online estão perdendo clientes. Em 2020, segundo a Ibre/FGV, 6 em cada 10 empresas de bens duráveis passaram a investir mais em canais virtuais – e, se você tem uma loja, também deveria.
O modelo de operação direct-to-consumer (D2C), no qual os fabricantes conversam diretamente com os clientes via canal digital, tem sido o mais utilizado. As redes sociais e os sites próprios têm destaque nesse cenário, mas os marketplaces ainda são as plataformas mais utilizadas.
Mesmo que a empresa tenha canais próprios e consolidados, é interessante que aquela marca esteja presente também nos principais marketplaces para aparecer em mais buscas e para mais pessoas. Essa tem sido vista como uma das melhores estratégias de diversificação do mercado.
A busca por alternativas de logística mais inteligentes e baratas, especialmente para os produtos mais pesados, também têm tido destaque no setor, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, que ainda enfrentam mais dificuldades nesse quesito, o que acaba significando fretes mais altos.
Não investir apenas no Sul e Sudeste é uma boa ideia. Duas das líderes do setor de eletrodomésticos, Amazon e Mercado Livre, inauguraram centros de distribuição no Nordeste nos últimos anos. Redução no valor do frete e rapidez nas entregas é a aposta para continuar conquistando novos consumidores.
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